postado em 30/05/2014 16:27
O conjunto dos últimos trimestres, mais o resultado divulgado nesta sexta-feira (30/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Produto Interno Bruto (PIB) dos três primeiros meses deste ano, sinalizam ;uma franca desaceleração da economia;, disse hoje (30) à Agência Brasil o economista Vinícius Botelho, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas.
O PIB aumentou 1,9% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, com alta de 0,2% sobre o último trimestre de 2013. O resultado já incorpora os dados da produção industrial, que elevaram o PIB de 2013 de 2,3% para 2,5% e revisaram o resultado do último trimestre do ano passado de 0,7% para 0,4%, lembrou o economista.
;A gente partiu de um patamar de crescimento mais alto e agora está estacionando em um nível de crescimento mais baixo;, comentou. O crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2014 foi puxado, principalmente, pelo consumo do governo, o que gerou queda da poupança e da formação bruta de capital fixo, isto é, dos investimentos, o que acaba sendo menos PIB hoje e menos PIB amanhã;.
Segundo Botelho, o acúmulo de oferta de capital menor, provocado pelo fato de o país investir menos, compromete o crescimento ao longo dos próximos anos. De acordo com o economista, há uma desaceleração forte da indústria de forma geral, com exceção do setor elétrico, o que já era mostrado pela produção industrial mensal. No entanto, os sinais de recuperação na indústria extrativa são ;erráticos;, o que dificulta uma continuidade sustentável ao longo do tempo.
Na avaliação de Botelho, a principal leitura que se faz do resultado do PIB do primeiro trimestre ;é negativa, de desaceleração ao longo do tempo;. ;É uma leitura de um PIB que está ficando pior e vai ficar pior ainda por algum tempo;. Usualmente, o segundo trimestre mostra um resultado melhor. Apesar disso, o economista do Ibre/FGV aposta em um prognóstico ruim.
;Porque a gente vai ter um resultado ruim da indústria da transformação. Em abril, a nossa expectativa é uma queda bastante forte. As pesquisas do Ibre estão em patamares bastante baixos e a gente tem, em junho, a Copa do Mundo, que acaba afetando a produção porque tem um número menor de dias para trabalhar. Então, a leitura para o segundo trimestre ainda é muito ruim;.
Apesar do prognóstico negativo, Botelho acredita que o crescimento do PIB este ano vai ser positivo. As atividades que mostram desaceleração, como a indústria da transformação e o setor da construção civil, devem fechar 2014 negativos. No entanto, outras atividades dentro do PIB funcionam como colchões que impedem que a desaceleração seja muito forte. Um exemplo é a produção de itens da administração pública.
O Ibre/FGV estava trabalhando com uma estimativa de crescimento de 1,8% para o PIB no ano, mas esse número deve ser revisado para baixo, chegando a 1,5%. ;A gente vai revisar para o baixo o PIB do ano fechado;, adiantou o economista.
O PIB aumentou 1,9% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, com alta de 0,2% sobre o último trimestre de 2013. O resultado já incorpora os dados da produção industrial, que elevaram o PIB de 2013 de 2,3% para 2,5% e revisaram o resultado do último trimestre do ano passado de 0,7% para 0,4%, lembrou o economista.
;A gente partiu de um patamar de crescimento mais alto e agora está estacionando em um nível de crescimento mais baixo;, comentou. O crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2014 foi puxado, principalmente, pelo consumo do governo, o que gerou queda da poupança e da formação bruta de capital fixo, isto é, dos investimentos, o que acaba sendo menos PIB hoje e menos PIB amanhã;.
Segundo Botelho, o acúmulo de oferta de capital menor, provocado pelo fato de o país investir menos, compromete o crescimento ao longo dos próximos anos. De acordo com o economista, há uma desaceleração forte da indústria de forma geral, com exceção do setor elétrico, o que já era mostrado pela produção industrial mensal. No entanto, os sinais de recuperação na indústria extrativa são ;erráticos;, o que dificulta uma continuidade sustentável ao longo do tempo.
Na avaliação de Botelho, a principal leitura que se faz do resultado do PIB do primeiro trimestre ;é negativa, de desaceleração ao longo do tempo;. ;É uma leitura de um PIB que está ficando pior e vai ficar pior ainda por algum tempo;. Usualmente, o segundo trimestre mostra um resultado melhor. Apesar disso, o economista do Ibre/FGV aposta em um prognóstico ruim.
;Porque a gente vai ter um resultado ruim da indústria da transformação. Em abril, a nossa expectativa é uma queda bastante forte. As pesquisas do Ibre estão em patamares bastante baixos e a gente tem, em junho, a Copa do Mundo, que acaba afetando a produção porque tem um número menor de dias para trabalhar. Então, a leitura para o segundo trimestre ainda é muito ruim;.
Apesar do prognóstico negativo, Botelho acredita que o crescimento do PIB este ano vai ser positivo. As atividades que mostram desaceleração, como a indústria da transformação e o setor da construção civil, devem fechar 2014 negativos. No entanto, outras atividades dentro do PIB funcionam como colchões que impedem que a desaceleração seja muito forte. Um exemplo é a produção de itens da administração pública.
O Ibre/FGV estava trabalhando com uma estimativa de crescimento de 1,8% para o PIB no ano, mas esse número deve ser revisado para baixo, chegando a 1,5%. ;A gente vai revisar para o baixo o PIB do ano fechado;, adiantou o economista.