postado em 01/06/2014 08:00
Em janeiro de 1999, o Brasil estava sob forte ataque. No mercado financeiro, especuladores travavam uma verdadeira batalha contra o Banco Central (BC). Em disputa, estava a defesa do poder de compra da moeda e, em última instância, a sobrevivência do Plano Real. No dia 14, uma quinta-feira, uma fuga maciça de dólares levou o BC à lona. Sem dinheiro para segurar a cotação da divisa, a autoridade monetária foi obrigada a deixá-la flutuar. Era o fim da âncora cambial, que até então vinha permitindo a estabilidade de preços no país, e o início de uma transição na economia que culminaria com a adoção, em 21 de junho daquele ano, do sistema de metas de inflação.Nesses 15 anos, o país mudou. Com o maior equilíbrio de preços, sobrou mais espaço no orçamento das famílias, o que resultou numa injeção no consumo que garantiu, por um certo período, taxas de expansão mais fortes do Produto Interno Bruto (PIB).
Agora, porém, a discussão é se essas conquistas poderão se perder. Faz quatro anos consecutivos que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fica acima da meta, de 4,5%. Nos últimos três, namorando o teto, de 6,5%.
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