Jornal Correio Braziliense

Economia

PIB fraco no primeiro trimestre ameaça avanços sociais no Brasil

Para especialistas, o deficit externo elevado e a inflação persistente mostram que o modelo chegou ao limite

O fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, principalmente por conta do enfraquecimento do consumo das famílias ; que recuou pela primeira vez desde 2011 ;, comprova o esgotamento do modelo do crescimento baseado apenas na demanda, alertam economistas. A produção nacional avançou apenas 0,2% no período, confirmando o quadro de virtual estagnação que vem sendo apontado por especialistas. O cidadão comum, no entanto, não tem essa percepção porque ainda se beneficia do aumento de renda ocorrido nos últimos anos e do desemprego que ainda permanece baixo.


A diferença entre o que vem sendo chamado em discussões acadêmicas de PIB dos economistas e PIB do povo deve ganhar força nos debates durante a campanha eleitoral. Não à toa, a presidente Dilma Rousseff encarregou o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Marcelo Neri, para dar ênfase ao avanço da renda e minimizar o fraco PIB durante palestra no Palácio do Planalto a integrantes do primeiro escalão do governo. O objetivo é afinar o discurso sobre os ganhos na área social, principal trunfo a ser usado contra a oposição e neutralizar as críticas sobre o pífio crescimento da economia nos quatro anos de governo.

Limitações

A diarista Ivani de Sousa, 43, conta que conseguiu melhorar de vida nos últimos anos. ;Antigamente, quem tinha eletrodoméstico em casa era rico. Hoje em dia tenho máquina de lavar e meus filhos têm computador. Agora está mais fácil de comprar, dá para parcelar e até juntar um dinheiro e comprar à vista;, diz. Mas ela já sente no bolso o peso da inflação, que vem encolhendo a sua renda. ;A cesta básica está cada vez mais cara;, afirma.

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