Rosana Hessel
postado em 04/06/2014 13:43
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que o governo não estuda aumentar os aportes do Tesouro Nacional para o setor energético. Mas a decisão final dependerá de um acompanhamento nos próximos meses. ;No momento não vejo necessidade de um novo aporte. Estamos observando mês a mês, dia a dia de modo a garantir o pleno funcionamento do setor de energia;, afirmou. Os recursos inicialmente previstos no orçamento para este ano da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para equalizar o aumento do custo da tarifa com o uso das usinas térmicas eram de R$ 9 bilhões, mas o governo anunciou um aporte de mais R$ 4 bilhões no início deste ano.;Equacionamos R$ 11,2 bi e não foi fácil. Mas continuamos administrando o setor de modo que ele não tenha problemas de continuidade sem grandes aumentos de tarifas;, afirmou ele, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (4/6).
[SAIBAMAIS]Na avaliação do ministro, a situação dos reservatórios está melhorando. ;Vocês deixaram de noticiar porque melhorou;, disse ele aos jornalistas acrescentando que, com esses recursos, o problema das distribuidoras já foi ;equacionado;. ;O preço da energia já está caindo. O regulado pela agência de energia (Aneel) está se reduzindo. Isso significa que há mais capacidade energética sendo gerada e mais água em vários reservatórios, não necessariamente em todos;, completou.
Preocupação
Qualquer medida do Congresso Nacional que aumente o custo do poder público tem tirado o sono de Mantega. ;Estamos sempre preocupados, mas temos conseguido evitar a aprovação de projetos de lei que aumentem os gastos do governo. Tem havido compreensão de que não podemos aumentar as despesas;, disse o ministro que esteve reunido ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e também com os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado, para barrar uma emenda constitucional da magistratura, que elevaria o custo de R$ 900 milhões para R$ 2,5 bilhões para os estados. Isso teria um efeito em cascata para o funcionalismo."Todo projeto que aumenta as despesas preocupam o governo. Vamos trabalhar para que eles não sejam aprovados", avisou o ministro.