postado em 07/06/2014 08:02
A divulgação da queda da presidente Dilma Rousseff nas intenções de voto e a piora na avaliação do governo levaram ontem a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) a atingir valorização de 3% logo após a abertura dos negócios. O pregão acabou fechando em alta de 3,04%, aos 53.128 pontos, com forte volume de R$ 8,265 bilhões. Foi a maior alta diária desde 27 de março e a pontuação mais alta desde 19 de maio. Na semana, o salto foi de 3,69%, o maior desde março, interrompendo uma série de duas quedas semanais. No ano, a alta está em 3,15%.
O ânimo gerado com os números do Datafolha também garantiu novo alívio no mercado cambial. O dólar fechou a semana com desvalorização de 0,84%, cotado em R$ 2,24 na venda. Apesar da perspectiva de melhora do fluxo para mercados emergentes, o mercado já esperava que o Banco Central (BC) estendesse o programa de intervenção no câmbio (leilões de swap), previsto para acabar em 30 de junho. A notícia foi confirmada no início da noite. A autoridade monetária afirmou em nota que o objetivo é prover mercado com recursos para operações de proteção cambial (hedge).
A BM reagiu positivamente à pesquisa Datafolha e também ao relatório de emprego de maio dos Estados Unidos, que mostrou ritmo consistente de contratações. Os maiores destaques do pregão foram os papéis das estatais federais, diretamente afetadas pela política econômica. O papel ordinário (ON) da Eletrobras subiu 9,32%, o preferencial (PN) da Petrobras, 8,33%, e Banco do Brasil ON, 5,30%. A alta era generalizada ao longo do dia. Ao final, só seis das 71 ações negociadas no principal índice, o Ibovespa, caíram. O mercado americano também encerrou o dia com altas. Os índices Dow Jones e S 500, da Bolsa de Nova York, atingiram pontuação recorde pelo segundo dia seguindo.
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