Os principais analistas do mercado externaram ontem ao governo a insatisfação com a política fiscal, vista como combustível da inflação. Em reunião a portas fechadas realizada ontem com o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, representantes de grandes bancos se queixaram da leniência com a escalada da carestia, parte atribuída aos gastos desenfreados para manter a máquina pública. ;Hoje, o que o BC faz (para o controle dos preços) de dia, ao subir os juros, a Fazenda rouba de noite, ao elevar gastos públicos;, resumiu o economista-chefe de um grande banco de investimentos, sob condição de anonimato.
A pesquisa Focus do BC mostrou ontem que o mercado parece não acreditar em melhora da inflação. A previsão é de que o IPCA avance 6,47% até dezembro, encostando, assim, no topo da meta perseguida pelo governo, de 6,5% ao ano. Para 2015, no entanto, o cenário é ainda pior. As cinco instituições financeiras que mais acertam as projeções para o futuro da economia, chamadas de Top 5, revisaram de 6,9% para 7,03% a projeção de alta do IPCA em 2015, no cenário de médio prazo.
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