postado em 24/06/2014 13:42
A poucas horas do fim do prazo para que servidores municipais da educação deixem voluntariamente a Câmara de Vereadores de Goiânia (GO), a prefeitura informou que aceita não descontar os dias parados se os trabalhadores se comprometerem a compensar os dias letivos parados. A prefeitura informou que qualquer acordo depende do imediato retorno dos profissionais ao trabalho.O posicionamento da prefeitura em relação às reivindicações dos servidores foi informado nesta terça-feira (24/6) à Secretaria de Segurança Pública de Goiás, responsável pelo Comitê de Gestão de Crise, e à Promotoria de Justiça do estado.
Sobre o corte de pontos dos seis dias de paralisação durante o mês de maio, a prefeitura informou que a folha de pagamento já foi fechada, mas que eventuais cortes serão ressarcidos conforme os dias parados forem repostos. Já com relação aos dias parados deste mês, o município se dispõe a negociar o pagamento regular, ;desde que ocorra o cumprimento da decisão judicial de suspensão imediata do movimento grevista e o compromisso, por parte dos trabalhadores, de reposição integral dos dias letivos não cumpridos;.
[SAIBAMAIS]A prefeitura também concorda em conceder 15 dias de recesso aos servidores administrativos, conforme compromisso assumido em 15 de maio. Porém, quanto à possibilidade de que as entidades envolvidas no movimento, como o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), não sejam multadas, a prefeitura informou que a decisão depende da posição do Poder Judiciário.
Representantes do Simsed informaram que ainda não receberam qualquer proposta da prefeitura. ;Soubemos disso pela imprensa. Oficialmente, não recebemos nada nem tivemos contato com qualquer representante da prefeitura;, disse à Agência Brasil o coordenador do Simsed, Renato Regis.
Ainda em processo de regularização do registro sindical, o Simsed está à frente da greve dos servidores da educação, deflagrada em 26 de maio, e da ocupação da Câmara Municipal de Goiânia, iniciada no último dia 10. Às 16h, termina o prazo para que o grupo de grevistas deixe o prédio pacificamente, mas, durante assembleia esta manhã, a categoria decidiu manter a greve e a ocupação da Câmara, impedindo a realização das sessões plenárias.
;Encerramos a assembleia há pouco e nenhum papel, nenhuma proposta da prefeitura nos foi entregue. Por isso, os trabalhadores decidiram manter a greve e a ocupação. E se policiais vierem nos retirar à força, vamos resistir;, ressaltou Regis, garantindo que ao menos 60% da categoria permanecem de braços cruzados. A reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura a fim de verificar o impacto da paralisação, mas ainda não obteve respostas.