Numa tentativa de não descumprir as restrições impostas pela legislação eleitoral, o governo acelerou o ritmo de gastos públicos e reduziu drasticamente o esforço fiscal para pagar os juros da dívida. O prazo máximo legal que um gestor em corrida pela reeleição tem para participar de inaugurações de obras públicas é de três meses antes do pleito, ou seja, até 5 de julho.
[SAIBAMAIS]A urgência eleitoral produziu consequências drásticas nas contas públicas, que registraram o pior resultado para meses de maio da história, segundo informou ontem o Banco Central (BC). Mesmo após excluir os gastos com o pagamento de juros da dívida, as contas da União, estados e municípios, além das empresas estatais exceto Petrobras e Eletrobras, fecharam no vermelho em R$ 11,046 bilhões.
O resultado é preocupante, já que foi a primeira vez na história que as contas públicas registraram deficit em maio, um mês considerado bom para o controle de despesas. Pior do que isso: o rombo de maio só foi menor que o registrado em dezembro de 2008, durante o auge da crise econômica mundial.
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