Rosana Hessel
postado em 15/07/2014 06:01
A presidente Dilma Rousseff se aproveitou do isolamento do mandatário russo, Vladimir Putin, depois da crise com a Ucrânia, para lhe estender a mão e tirar vantagens nas relações comerciais com a Rússia. Diante da fragilidade da economia brasileira e da desconfiança do empresariado, a determinação do Palácio do Planalto foi mostrar que o governo está agindo para abrir mercados aos produtos nacionais no exterior.
Apesar do esforço, tudo, por enquanto, são promessas. Os dois presidentes assinaram oito acordos e memorandos para ampliar a cooperação entre os dois países em áreas nobres como defesa, ciência e tecnologia e energia. Eles já haviam se encontrado no domingo, durante a final da Copa do Mundo, e vão se sentar à mesa, hoje, em Fortaleza, durante a VI Reunião de Cúpula dos Brics, grupo que reúne, além das duas nações, China, Índia e África do Sul. Esses países respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O evento contará com a segurança de 7,6 mil homens.
A reunião de ontem no Planalto, que era para durar 40 minutos, estendeu-se por uma hora e vinte e atrasou a ida dos dois líderes ao almoço com a comitiva russa no Palácio do Itamaraty, previsto para as 13h. Nessa hora, Dilma e Putin apareceram para a declaração à imprensa e o anúncio dos acordos. Alguns deles foram confeccionados às pressas. Tanto que autoridades que os assinaram nem sequer sabiam o conteúdo dos documentos faltando meia hora para o término do encontro.
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