postado em 16/07/2014 16:56
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu nesta quarta-feira (16/7) o fim da pilhagem internacional em matéria financeira.
;Acreditamos em uma pátria grande e que é preciso acabar com esse tipo de pilhagem internacional em matéria financeira, que hoje estão querendo fazer contra a Argentina e também vão tentar levar adiante contra outros países;, disse ela, logo após chegar ao hotel em que ficará hospedada em Brasília. A presidente referia-se a organismos internacionais de crédito que compram dívidas não honradas a preço baixo para depois exigir o pagamento integral. Ela participa hoje, no Itamaraty, da reunião entre o países-membros do Brics e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
[SAIBAMAIS]Recebida por um grupo de jovens militantes do PT que a esperavam na porta do hotel, Cristina Kirchner e agradeceu a presença dos militantes. ;É muito importante, sobretudo para vocês, que são jovens do presente e do futuro, não permitir que lhes hipotequem a esperança, as ilusões e os sonhos de um país melhor, de uma América do Sul melhor e de um mundo melhor.;
A presidente argentina destacou que a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e também de um fundo de reservas para o bloco foi um passo importante no desenvolvimento de novas instituições multilaterais. ;Hoje [16] vamos dar um passo importante. Ontem [15] deu-se um aqui no Brasil e demos outro com a Unasul, quando constituímos o Banco do Sul. [É importante] que surjam cada vez mais instituições que questionem o funcionamento de organismos multilaterais que, em vez de dar soluções, não fazem mais do que complicar a vida dos povos,; disse Cristina, em referência ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os representantes do Brics defenderam a implementação de reformas no FMI para modernizar a estrutura de governança do órgão. Ontem, em discurso, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou que ;as principais instituições de governança econômica e política mundiais têm perdido representatividade e eficácia, ao não se adequarem às realidades políticas e econômicas do mundo de hoje.;
Além dos cinco presidentes e primeiros-ministros do países que compõem o grupo, participam, como convidados da Cúpula do Brics, mandatários de 11 nações sul-americanas, integrantes da Unasul.