postado em 17/07/2014 06:02
Em uma longa madrugada, executivos e acionistas da Oi e da Portugal Telecom (PT), reunidos em Lisboa, esboçaram um acordo que seria divulgado no início da manhã de ontem para garantir, com o mínimo de estrago possível, a fusão das duas companhias. O esforço para transparecer que tudo terminará bem conseguiu retomar, ao menos momentaneamente, a alta das ações da empresa brasileira (que subiram 12,82%, na Bovespa), mas não impediu a segunda queda da classificação de risco em uma semana: desta vez, a agência Fitch rebaixou os papéis da Oi e da PT para o nível ;lixo;, com alto grau especulativo.
São muitos os sinais de que, apesar do acordo anunciado, a situação não está resolvida, e os atritos se desenrolarão até a fusão e mesmo depois dela. A PT confirmou o esperado calote de quase R$ 2 bilhões (847 milhões de dólares) da RioForte, uma das empresas do grupo português Espírito Santo, referente a um empréstimo feito em abril, à revelia da Oi. Para não enterrar de vez o processo de fusão entre as telefônicas, ambas toparam reduzir a participação da portuguesa na futura empresa, a CorpCo, de 38% previstos inicialmente para 25,6%.
Em comunicados oficiais, as companhias lembraram que a RioForte ainda tem sete dias úteis para, por um milagre, conseguir quitar o débito. Hoje, vence o prazo para o reembolso de mais R$ 159 milhões (50 milhões de euros), que também tende a não ocorrer. Sem contar com nada isso, a PT mantém uma postura de sustentabilidade financeira. Comunicou a intenção de acionar a Justiça contra o Grupo Espírito Santo ; que colocou boa parte dos ativos não financeiros no Brasil à venda ; e avisou que, em até seis anos, pretende retomar a posição inicial no processo de fusão com a Oi.
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