Simone Kafruni
postado em 22/07/2014 06:02
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) poderá ter que socorrer as distribuidoras de energia elétrica, que precisam de novo empréstimo para cobrir o rombo da exposição ao mercado de curto prazo. O governo alinhava uma negociação para financiar até R$ 6,5 bilhões, na qual o banco de fomento participa com R$ 3 bilhões e o pool de 10 bancos comerciais, que já garantiu o primeiro empréstimo de R$ 11,2 bilhões via conta administrada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com os R$ 3,5 bilhões restantes na forma de um aditivo ao financiamento inicial.
O primeiro empréstimo, de R$ 11,2 bilhões, deveria cobrir as necessidades das distribuidoras durante o ano todo, mas o dinheiro acabou em junho, com o pagamento das operações relativas a fevereiro, março e abril. No início do mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) postergou o vencimento da fatura de maio, no valor de R$ 1,3 bilhão (relativo aos gastos com energia não cobertos pela tarifa) para liquidação em 31 de julho.
A 10 dias de o prazo vencer, a operação de socorro ainda é obscura. O Ministério da Fazenda não comenta os detalhes, mas trava intensas negociações para cobrir o rombo no caixa das empresas. Procurado pelo Correio, o BNDES preferiu não comentar. Em nota, a CCEE afirmou: ;As negociações referentes a um eventual novo financiamento estão sendo coordenadas pelo Ministério da Fazenda. A CCEE aguardará a finalização das tratativas para se manifestar;. Maior interessada no assunto, a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) também preferiu o silêncio.
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