Antonio Temóteo
postado em 28/07/2014 08:41
Apesar de o Brasil passar por um momento de pleno emprego, com o maior número de trabalhadores inseridos no mercado formal e a população ainda ser jovem, as contas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) acumulam deficit de R$ 524,2 bilhões. Esse valor considera o rombo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre 2004 e 2013. Para este ano, a projeção de técnicos do governo aponta para uma necessidade de financiamento de pelo menos mais R$ 40 bilhões.[SAIBAMAIS]E não há expectativas para que o buraco no regime geral ; que agrega as contribuições ao INSS dos trabalhadores do setor privado e custeia as aposentadorias ; diminua. Parte dos técnicos da Previdência estima que o deficit ficará mais próximo dos R$ 51,2 bilhões de 2013. Um dos fatores que pressiona as contas do sistema previdenciário é o fato de que os brasileiros estão mais longevos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a expectativa de vida no país é de 73 anos, e isso implica pagamentos de benefícios por mais tempo.
O processo de envelhecimento também será um problema. Em 2010, o Brasil tinha 6,9% de idosos e terá 22,5% até 2050, projeta o Pew Research Center, dos Estados Unidos. Para tentar conter esse efeito, o governo tem investido na formalização da mão de obra. Dados da Previdência mostram que entre 2002 e 2012 a cobertura de trabalhadores de 16 a 59 anos cresceu de 61,7% para 71,3%, 61 milhões de brasileiros entraram no sistema. E com mais contribuições, aumenta o número pagamentos serão feitos. Em julho, 31 milhões de benefícios serão depositados. Mesmo com essa evolução, a pasta ainda estima que outras 25 milhões de pessoas estão socialmente desprotegidas.
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