Agência France-Presse
postado em 30/07/2014 12:20
Buenos Aires - Bancos argentinos pretendem comprar os títulos podres da dívida soberana da Argentina em poder dos fundos especulativos a fim de evitar a moratória do país, confirmaram fontes do setor citados pela imprensa local.[SAIBAMAIS]A proposta deve ser apresentada em Nova York nesta quarta-feira, em uma reunião entre representantes dos fundos especulativos e da Associação de Bancos Argentinos (ADeBa), de acordo com o jornal Ámbito Financiero. A entidade que agrupa os bancos argentinos não confirmou nem desmentiu à AFP a viagem de seus representantes para Nova York para tentar o avanço das negociações neste sentido.
Fontes do setor confirmaram, entretanto, que o assunto foi analisado em uma reunião de banqueiros na terça-feira em Buenos Aires.
O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, distanciou-se nesta quarta-feira desta saída para o possível default, caso o país não cumpra a sentença que o obriga a pagar 1,33 bilhão de dólares aos fundos especulativos que venceram o litígio em Nova York.BUENOS AIRES, 30 julho 2014 (AFP) - Bancos argentinos pretendem comprar os títulos podres da dívida soberana da Argentina em poder dos fundos especulativos a fim de evitar a moratória do país, confirmaram fontes do setor citados pela imprensa local.
"Quando se negociam acordos entre (agentes) privados é uma questão que envolve somente os agentes privados, não importa a opinião do setor público", disse Capitanich consultado sobre essa possibilidade em coletiva de imprensa.
O governo precisa deixar claro que não é parte de um acordo por esta via para evitar que os credores da dívida reestruturada de 2005 e 2010 (93% do total) peçam a equiparação da oferta pela cláusula Rufo presente em seus contratos e que vence no final do ano.
A salvação, até que a cláusula expire, poderia partir dos bancos argentinos, que ofereceriam novos títulos para comprar toda a dívida que os fundos ganharam na justiça.
Os bancos nacionais podem, assim, obter um negócio rentável e afastar os perigos que pode uma nova moratória na Argentina pode representar para suas finanças.
Em troca, os fundos apoiariam que o juiz de Nova York Thomas Griesa restabeleça uma medida cautelar para que os credores da dívida argentina reestruturada cobrem até o final do ano seus vencimentos. O governo argentino solicitou ao juiz que a cautelar voltasse a vigorar, mas não obteve êxito.
O ministro da Economia, Axel Kicillof, viajou para Nova York e reuniu-se na terça-feira com o mediador judicial designado por Griesa e pelos litigantes. Após quatro encontros, as negociações devem ser retomadas nesta quarta-feira, na busca de um acordo de última hora.
"Quando se negociam acordos entre (agentes) privados é uma questão que envolve somente os agentes privados, não importa a opinião do setor público", disse Capitanich consultado sobre essa possibilidade em coletiva de imprensa.
O governo precisa deixar claro que não é parte de um acordo por esta via para evitar que os credores da dívida reestruturada de 2005 e 2010 (93% do total) peçam a equiparação da oferta pela cláusula Rufo presente em seus contratos e que vence no final do ano.
A salvação, até que a cláusula expire, poderia partir dos bancos argentinos, que ofereceriam novos títulos para comprar toda a dívida que os fundos ganharam na justiça.
Os bancos nacionais podem, assim, obter um negócio rentável e afastar os perigos que pode uma nova moratória na Argentina pode representar para suas finanças.
Em troca, os fundos apoiariam que o juiz de Nova York Thomas Griesa restabeleça uma medida cautelar para que os credores da dívida argentina reestruturada cobrem até o final do ano seus vencimentos. O governo argentino solicitou ao juiz que a cautelar voltasse a vigorar, mas não obteve êxito.
O ministro da Economia, Axel Kicillof, viajou para Nova York e reuniu-se na terça-feira com o mediador judicial designado por Griesa e pelos litigantes. Após quatro encontros, as negociações devem ser retomadas nesta quarta-feira, na busca de um acordo de última hora.