Agência France-Presse
postado em 30/07/2014 15:31
Washington - O crescimento econômico dos Estados Unidos avançou de forma expressiva no segundo trimestre de 2014, segundo estimativas oficiais publicadas nesta quarta-feira (30/7), e o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed) decidiu sem surpresas manter suas taxas de juros baixas e reduzir os estímulos econômicos.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4% em termos anuais no período de abril a junho, após o retrocesso de 2,1% no primeiro trimestre (cifra revisada para cima em 0,8 ponto). Os analistas esperavam um crescimento de 3,2%. Praticamente todos os setores da economia cresceram, apontou o Departamento de Comércio.
"O avanço do PIB no segundo trimestre reflete um aumento dos investimentos em estoques, maiores exportações, uma aceleração dos gastos em consumo e uma mudança no gasto dos estados e entidades locais", afirma o comunicado. Esta primeira estimativa pode ser revisada de forma significativa, já que se baseia apenas em dados de dois meses para a maioria das estatísticas. A próxima previsão será divulgada em 28 de agosto.
Aos dados positivos, somam-se os gastos no consumo, que foram o dobro (%2b2,5% em comparação a %2b1,2% no primeiro trimestre), e os gastos em bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos com vida útil de mais de quatro anos, que cresceram 14%, maior cifra desde 2009. Os estoques no segundo trimestre cresceram 1,66%. No primeiro trimestre houve queda de 1,16%.
As exportações também cresceram e compensaram o recuo do trimestre anterior (%2b9,5% frente a -9,2%). No entanto, seu efeito positivo no PIB não teve muito destaque em razão de uma alta nas importações (%2b11,7%). O gasto do governo federal continua em queda (-0,8%), mas o de estados e entidades locais subiu a 3,1%, o maior aumento desde o segundo trimestre de 2009.
O apoio acaba
Após as notícias do forte crescimento no segundo trimestre, o Federal Reserve decidiu nesta quarta-feira reduzir suas injeções de liquidez no sistema financeiro e manter as taxas básicas de juros. Depois de uma reunião de dois dias em Washington, o Comitê de Política Monetária (FOMC) do Fed decidiu sem surpresas cortar em 10 bilhões de dólares suas compras de bônus do Tesouro e de títulos hipotecários destinados a sustentar a atividade econômica, para reduzir o total das compras de ativos a 25 bilhões de dólares mensais.
O FOMC não alterou as taxas de juros básicas, próximas de zero desde o final de 2008. O Comitê ressaltou que a inflação se aproxima da meta de 2%. O Fed voltou a reiterar que as taxas baixas permanecerão assim "durante um período considerável" após o fim dos estímulos monetários.
A redução das compras de ativos seguirá em curso nas próximas reuniões, reiterou o banco central. Isso significa que as compras devem chegar ao fim em outubro. No caso do mercado de trabalho, apesar da melhora, as capacidades continuam "significativamente subutilizadas", afirmou o texto. O setor imobiliário tem uma recuperação "lenta" e os gastos de consumo crescem de forma "moderada".
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4% em termos anuais no período de abril a junho, após o retrocesso de 2,1% no primeiro trimestre (cifra revisada para cima em 0,8 ponto). Os analistas esperavam um crescimento de 3,2%. Praticamente todos os setores da economia cresceram, apontou o Departamento de Comércio.
"O avanço do PIB no segundo trimestre reflete um aumento dos investimentos em estoques, maiores exportações, uma aceleração dos gastos em consumo e uma mudança no gasto dos estados e entidades locais", afirma o comunicado. Esta primeira estimativa pode ser revisada de forma significativa, já que se baseia apenas em dados de dois meses para a maioria das estatísticas. A próxima previsão será divulgada em 28 de agosto.
Aos dados positivos, somam-se os gastos no consumo, que foram o dobro (%2b2,5% em comparação a %2b1,2% no primeiro trimestre), e os gastos em bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos com vida útil de mais de quatro anos, que cresceram 14%, maior cifra desde 2009. Os estoques no segundo trimestre cresceram 1,66%. No primeiro trimestre houve queda de 1,16%.
As exportações também cresceram e compensaram o recuo do trimestre anterior (%2b9,5% frente a -9,2%). No entanto, seu efeito positivo no PIB não teve muito destaque em razão de uma alta nas importações (%2b11,7%). O gasto do governo federal continua em queda (-0,8%), mas o de estados e entidades locais subiu a 3,1%, o maior aumento desde o segundo trimestre de 2009.
O apoio acaba
Após as notícias do forte crescimento no segundo trimestre, o Federal Reserve decidiu nesta quarta-feira reduzir suas injeções de liquidez no sistema financeiro e manter as taxas básicas de juros. Depois de uma reunião de dois dias em Washington, o Comitê de Política Monetária (FOMC) do Fed decidiu sem surpresas cortar em 10 bilhões de dólares suas compras de bônus do Tesouro e de títulos hipotecários destinados a sustentar a atividade econômica, para reduzir o total das compras de ativos a 25 bilhões de dólares mensais.
O FOMC não alterou as taxas de juros básicas, próximas de zero desde o final de 2008. O Comitê ressaltou que a inflação se aproxima da meta de 2%. O Fed voltou a reiterar que as taxas baixas permanecerão assim "durante um período considerável" após o fim dos estímulos monetários.
A redução das compras de ativos seguirá em curso nas próximas reuniões, reiterou o banco central. Isso significa que as compras devem chegar ao fim em outubro. No caso do mercado de trabalho, apesar da melhora, as capacidades continuam "significativamente subutilizadas", afirmou o texto. O setor imobiliário tem uma recuperação "lenta" e os gastos de consumo crescem de forma "moderada".