Economia

Apesar de estímulos, empresas preferem manter seus projetos na gaveta

Investidor prefere manter o dinheiro aplicado de forma segura, por não ter confiança na economia do país

postado em 04/08/2014 08:40
Investidor prefere manter o dinheiro aplicado de forma segura, por não ter confiança na economia do país

Investir no Brasil é difícil e custoso. A burocracia é grande, a carga tributária é alta, a legislação é confusa e instável e o governo tenta o tempo todo dizer aos empresários o que fazer. Para completar, a infraestrutura precária, em particular o setor energético, deixa o investidor inseguro. O resultado disso tudo é uma taxa de investimento que nunca oscila muito, ao menos nos últimos 10 anos: ora cai para 16% do Produto Interno Bruto (PIB), como em 2005 e 2006, ora sobe para quase 21%, em 2008. Mas sempre volta à casa de 18% a 19%, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Mesmo o governo lançando pacotes de incentivos e concedendo serviços à iniciativa privada, o organismo multilateral não consegue ver melhora na taxa de investimento nos próximos cinco anos. Os especialistas são unânimes: uma taxa abaixo de 20% é inadmissível. O ideal, para o economista Mansueto Almeida, seria investir de 23% a 24% para ;fazer jus ao status de desenvolvimento;.



O Sem confiança na economia, o investidor prefere manter o dinheiro aplicado de forma segura. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou na última semana a sétima queda seguida da confiança da indústria. O indicador equivalente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou em julho o pior resultado em 15 anos. No mês anterior, a produção industrial havia caído 6,9%.

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