A gigante espanhola do setor de telefonia Telefónica ofereceu, nesta terça-feira (5/8), US$ 9 bilhões em dinheiro e ações da sua unidade brasileira, a Vivo, pela operadora de telefonia brasileira GVT, que pertence à francesa Vivendi.
As ações que seriam dadas aos controladores da GVT dariam ao grupo francês 12% da empresa resultante de uma fusão com a Vivo. A oferta corresponde a R$ 20,1 bilhões, sendo que parte deste valor, R$ 11,962 bilhões, seria pago à vista, e o restante em forma de ações, relativas a 12% do capital social da empresa após a aquisição da GVT. A Vivendi teria assim a "maior operadora de telecomunicações do maior mercado da América Latina", segundo a Telefónica.
"Os recursos necessários ao financiamento da aquisição seriam obtidos mediante aumento de capital a ser realizado na Telefónica e demais companhias do Grupo", afirmou a empresa em comunicado, que estipula até 3 de setembro o prazo da oferta.
Além disso, a Telefónica deu a oportunidade à Vivendi de adquirir a participação que o grupo espanhol mantém na Telecom Italia, dona da TIM no Brasil. Seriam oferecidas até 1,11 bilhão de ações ordinárias da Telecom Italia que representam 8,3% do capital com direito a voto da operadora italiana. Esse negócio seria realizado após o fechamento da transação entre a Vivo e a GVT.
Apesar da GVT não estar oficialmente à venda, o conselho da empresa estudará a oferta e decidirá o que fazer na próxima reunião, afirma um comunicado da empresa francesa.
Em 2013, a GVT despertou o interesse da DirecTV, que desejava comprar a empresa brasileira para catapultar suas operações na América Latina, mas a operadora americana de televisão por satélite desistiu da proposta.
De acordo com a imprensa, a oferta da DirecTV foi de 5,8 bilhões de euros pela GVT, um valor bem inferior aos EUR 7,3 bilhões desejados pela Vivendi.
A Vivendi entrou na GVT em 2009 por 2,8 bilhões de euros. Desde então, a empresa cresceu consideravelmente e virou um dos grandes ativos do grupo francês. Em 2013, a GVT contribuiu com 1,7 bilhão de euros para a Vivendi.
Com informações da France Presse