postado em 06/08/2014 18:34
A nova aeronave da Airbus, A350, construída para brigar no mercado com o modelo 787 Dreamline, da Boeing, está pronta e pousou nesta terça-feira (6/8) em São Paulo. O voo, vindo de Santiago, no Chile, ainda é experimental, parte do programa obrigatório de certificação para que o avião possa circular comercialmente. O A350 promete ter custo de operação 7% mais barato do que o top de linha da concorrência. No fim de 2015, a máquina chega ao Brasil, pela Tam. Foram 27 aviões negociados em um contrato de US$ 7 bilhões e que devem partir, prioritariamente, de São Paulo para Europa e Estados Unidos.
A Tam será a primeira das Américas a circular com o A350. As 27 unidades devem chegar entre 2015 e 2019, gradualmente. Depois, Avianca e Azul também devem receber suas remessas. O grupo que inclui a Avianca, Sinergy Group, encomendou 10 aviões que devem voar sobretudo partindo da Colômbia. A Azul, cinco. O primeiro vôo do mundo com a aeronave, contudo, será feito pela Quatar Airways, já no fim deste ano.
Até o momento, já foram encomendados 750 aviões desse modelo para 39 companhias aéreas. A Airbus, contudo, não esconde o interesse especial pela América Latina. ;A região é a segunda em crescimento de tráfego aéreo do mundo, uma média de 6% ao ano;, comentou a diretora de marketing da empresa, Maria Luiza Lucas.
O contrato da Airbus com a Tam, para a compra de 27 aeronaves do modelo A350-900, que inclui cerca de 330 passageiros, foi fechado antes da fusão da empresa com a Lan. Esta última circula basicamente com o modelo da Boeing, o 787. ;A frota mais importante da Tam, contudo, será de A350;, garantiu o vice-presidente de funções corporativas (CCO) da Latan, Roberto Alvo. Questionado se a compra seria diferente se tivesse sido feita após a fusão, ele desconversa. ;É uma boa pergunta, não sei;, completou.
Inovações
A Airbus promete um avião mais leve, com economia de 25% de combustível em comparação com os modelos anteriores, novos motores, mais potentes e pressão mais baixa na cabine (6 mil pés de altitude). Além disso, a composição do avião ; mais da metade é feito de material composto, com menor corrosão e fadiga ; permitirá, segundo a empresa, que os gastos com manutenção sejam reduzidos em 40%. As telas para entretenimento dos passageiros serão maiores e permitirão integração com dispositivos móveis, além disso, as poltronas terão mais espaço.