Economia

Terceirizados causam transtornos aos aeroportos de Brasília e de Curitiba

Protesto no aeroporto de Brasília causa transtornos na pista. Transportadora responsável pela retirada dos entulhos da obra recebe pagamento da concessionária, mas deixa de repassar a caminhoneiros. Em Curitiba, contrato rescindido atrapalha inspeção de raios-X

Rodolfo Costa
postado em 07/08/2014 06:01
Donos de caminhões usados na retirada de materiais do terminal JK fizeram protestos ontem e ameaçaram obstruir o abastecimento das aeronaves

O atual momento dos maiores aeroportos do país, com grande movimento e alvo de pesados investimentos públicos e privados, não tem impedido graves falhas administrativas. Ontem, por exemplo, os terminais de Brasília e Curitiba foram palco de transtornos gerados por terceirizados. Na capital federal, um grupo de caminhoneiros responsável por tirar entulhos das obras ameaçou obstruir o abastecimento de aeronaves. No Paraná, faltou funcionários nas esteiras e nos raios-X.

Após o protesto por falta de pagamento, a RM Transporte, prestadora de serviços do Aeroporto Juscelino Kubitschek, frustrou os empregados e as empresas parceiras, ao não repassar a eles parte dos R$ 100 mil que recebeu ontem da concessionária Inframérica. Situações como essa, envolvendo terceirizadas e serviços públicos, têm sido comuns, sobretudo na Esplanada dos Ministérios. O protesto organizado por cerca de 20 pessoas, donos de caminhões e motoristas, fechou com 12 veículos as duas vias de acesso à Base Aérea por volta das 8h. A obstrução total durou 15 minutos, mas o ato se estendeu até as 10h.

Para limpar o canteiro de obras no JK, a Helvix, empresa contratada pela Inframérica para cuidar da reforma e ampliação do terminal, recorreu à RM Transporte, que, por sua vez, mobilizou 35 caminhões de terceiros. Um dos responsáveis pelas operações, o empresário Elioni Menezes da Silva, 37 anos, não escondeu a insatisfação com o descaso. Dono de três veículos, atendeu a terceirizada de 20 de março a 13 de maio, mas só recebeu até abril. O valor devido de maio, R$ 30 mil, está pendente.

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