Economia

Ministério da Justiça lança segunda fase do projeto consumidor.gov.br

A partir de hoje, quem usar o portal para registrar reclamações poderá checar o desempenho das empresas em casos anteriores

postado em 12/08/2014 06:00
Entrou no ar nesta terça-feira (12/8) a segunda fase do projeto consumidor.gov.br, ferramenta lançada em junho pelo Ministério da Justiça como alternativa ou complemento aos Procons e aos Juizados Especiais. Ao se cadastrarem, consumidores que desejarem registrar reclamações poderão ter acesso ao histórico das empresas já participantes e checar o desempenho delas em casos anteriores.

Em pouco mais de um mês, a iniciativa contabiliza 9.552 queixas. Até setembro, cerca de 200 empresas estarão cadastradas e o portal estará pronto para atender demandas de todo o país. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) pretende, ainda, disponibilizar dados a partir dos quais será possível comparar o índice de solução de empresas do mesmo ramo.

Os setores que mais têm provocado a insatisfação dos consumidores são o de telecomunicações (48,5% do total ), seguido do de serviços financeiros (20,5%) e do de produtos de telefonia e informática (17,5%). ;As empresas precisam dar respostas aos clientes. Não há outro jeito;, reforçou a titular da Senacon, Juliana Pereira da Silva.



A Senacon divulgou o perfil dos 18,5 mil consumidores cadastrados até o início deste mês. A maioria é homem (65,7%) e a maior parte tem entre 21 e 40 anos (63,1%). Quase nove em cada 10 pessoas que recorreram ao portal já tinham procurado a empresa alvo da reclamação. ;O mercado terá se preparar para lidar com o consumidor 2.0;, comentou Juliana, referindo-se aos clientes conectados, exigentes e dispostos a ;comprar briga; por uma solução do problema. ;Estamos falando de transparência mesmo;, emendou.

O governo promete, por meio das informações do consumidor.gov.br, monitorar a postura das empresas e, se necessário, intervirá para garantir os direitos do consumidor. O projeto estabelece prazos para que todas as partes envolvidas na reclamação se posicionem.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação