Simone Kafruni
postado em 12/08/2014 06:02
O governo ainda não está convencido de que deve autorizar um aumento dos combustíveis antes das eleições. Contudo, só o fato de a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, terem sinalizado de que não manterão o preço da gasolina congelado até o fim do ano, já serviu para conter a crítica da oposição contra o aperto sobre o caixa da Petrobras. O desempenho da petroleira, cuja imagem está bastante arranhada, foi colocado no centro das discussões políticas.
Para aliviar as finanças da estatal, os especialistas apontam que a alta da gasolina deveria ser de 4% a 5%. Mas a dificuldade para o governo liberar o reajuste está no controle da inflação, pois cada ponto percentual de aumento no combustível representa um impacto de 0,04 ponto percentual no Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). ;Se o reajuste for de 5%, por exemplo, o reflexo será de 0,20 ponto percentual;, explicou o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz.
Como o IPCA de julho deu uma trégua e ficou estável em 0,01%, é possível que exista um espaço para permitir a recomposição dos preços nas distribuidoras de combustíveis. Ontem, ao comentar o desempenho da empresa divulgado na semana passada, a presidente da Petrobras, Graça Foster, reafirmou que busca a convergência de preços para o alcance das metas de endividamento.
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