postado em 12/08/2014 08:36
A ameaça de uma nova escalada do dólar diante do real, que teria efeitos desastrosos sobre a inflação, levou o governo a agir com mais firmeza. Para evitar que a cotação ultrapassasse os R$ 2,30, patamar considerado limite para que os preços não fujam do controle, o Banco Central (BC) intensificou a atuação no mercado. Com isso, tornou-se a única autoridade monetária de um país emergente a interferir na cotação da moeda norte-americana, já que Turquia, Índia e África do Sul desistiram de controlar a taxa de câmbio.Nos últimos meses, o BC vinha rolando apenas 70% dos contratos de compra e venda de moeda estrangeira (swap) com vencimento na semanas seguintes, mas, na última sexta-feira, avisou que passaria a renovar 100% das operações. Na prática, isso significa que haverá mais dólares na praça, o que terá impacto imediato no mercado à vista. Não por acaso, a moeda norte-americana fechou ontem em queda de 0,54%, cotada a R$ 2,274 para a venda.
O BC vem mantendo o dólar em rédea curta desde agosto do ano passado. Desde então, já foram injetados US$ 96,7 bilhões por meio de operações no mercado futuro. O dólar está sob pressão de alta em todo o mundo, devido às crises na Ucrânia e no Oriente Médio e à expectativa de que está cada vez mais próximo o momento em que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, começará a subir as taxas de juros ; medida que carregaria para o mercado norte-americano boa parte dos recursos aplicados em nações em desenvolvimento.
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