postado em 14/08/2014 06:02
A trágica morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), em acidente aéreo na manhã de ontem em Santos, no litoral de São Paulo, causou um princípio de pânico no mercado financeiro. Tão logo surgiram as primeiras notícias sobre o desastre, a Bolsa de Valores de São Paulo inverteu a tendência de alta que seguia durante a manhã e passou a operar no vermelho. Nas mesas de operação, o clima era de incerteza, com os analistas de bancos e corretoras se perguntando como ficará o quadro político, a dois meses das eleições.Por volta do meio-dia, boatos de que a candidata a vice-presidente na chapa de Campos, a ex-senadora Marina Silva (Rede), também estaria a bordo da aeronave que caiu sobre um conjunto de casas no bairro do Boqueirão, na cidade paulista, aumentaram a tensão nos mercados. Em questão de minutos, o Ibovespa, índice que acompanha as principais ações negociadas no pregão, passou a apresentar uma forte queda, de mais de 2%. Menos de uma hora depois, a informação de que Marina não estava entre os mortos, que chegaram a sete, trouxe certa calma aos negócios. Mas não a ponto de reverter a tendência de perda da bolsa, que fechou em queda de 1,53%.
Para analistas, a volatilidade continuará ditando o rumo do pregão até que o PSB defina o sucessor de Eduardo Campos na campanha ao Planalto. ;Até que fique claro se Marina vai ou não entrar na disputa, o mercado ficará volátil;, disse a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. Para ela, a tensão que se viu ontem, com o Ibovespa caminhando em direções opostas em um curto espaço de tempo faz parte do jogo e se deve, principalmente, à indefinição sobre se haverá ou não um segundo turno nas eleições de outubro. ;O mercado tem seus exageros, e a incerteza do quadro político apenas alimenta esse vaivém da bolsa;, assinalou.
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