Sem o consumo das famílias para sustentar o crescimento, os investimentos poderiam ser a mola propulsora do Produto Interno Bruto (PIB). Mas, no Brasil, estão mais tímidos do que nunca. A presidente Dilma Rousseff disse que deixaria o governo com uma taxa de investimentos de 24% do PIB. Não foi o que aconteceu. Está em 18,1%, o menor nível desde 2009, ano posterior à crise mundial. Com as incertezas do ano eleitoral, nada indica que o quadro vai mudar. Pelo contrário, os índices de confiança dos empresários da indústria e do comércio desabaram em 2014.
[SAIBAMAIS]Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou novo piso histórico. Aos 108,4 pontos, recuou 1% na comparação com o mês anterior, acumulando nove retrações seguidas. Em relação a julho de 2013, houve queda de 7%, mesmo percentual registrado no indicador de investimentos do varejo em um ano. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,2% em julho na comparação com junho, registrando a sétima queda seguida, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o indicador foi a 84,4 pontos, menor nível desde abril de 2009 (82,2 pontos), ante 87,2 pontos no mês anterior, quando havia recuado 3,9%.
Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor deve recuar 0,5% no ano. ;A variável que explica as dificuldades da economia brasileira é o investimento. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mostra queda por quatro trimestres seguidos, assim como a indústria. A reversão do quadro negativo depende de uma recuperação da confiança do empresário;, explicou a entidade, no seu Informe Conjuntural. Contudo, o desempenho é tão pífio e a confiança é tão decrescente, que a previsão da CNI para o investimento, este ano, passou de uma alta de 2,5% para retração de 2%.
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