postado em 17/08/2014 08:02
Nem o vale-refeição nem o salário do mês têm sido suficientes para bancar a alimentação de brasileiros fora de casa. Não à toa, a marmita voltou com tudo aos ambientes de trabalho: os preços em lanchonetes e restaurantes não dão trégua e seguem avançando em ritmo mais acelerado do que a inflação média do país. De 2004 até o mês passado, a alta acumulada no segmento foi de 246,8%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 167,9%. Com o arrefecimento da renda e o endividamento recorde das famílias, comer na rua se tornou, para muita gente, um hábito insustentável.Brasília tem a terceira refeição mais cara do Brasil, segundo levantamento divulgado este ano pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert). O preço na capital do país, incluindo bebida, sobremesa e café, ficou em R$ 36,44, 20% acima dos R$ 30,14 da média nacional. Mas a inflação anda tão traiçoeira que os valoresjá estão defasados, observa o próprio presidente da entidade, Artur Almeida.
Se ficar refém dos cartões de benefício, o trabalhador não consegue fechar a conta. O tíquete médio dos vales oferecidos pelas empresas, de acordo com a Assert, é de R$ 13 por dia, quase um terço do necessário para garantir as refeições fora de casa. Quem não encontra alternativas se enrola no cartão de crédito ou, no mínimo, vê aumentar o peso da alimentação no orçamento doméstico, que gira em torno de 25%, mas nas famílias com renda menor pode representar mais da metade dos gastos.
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