Economia

Contratações com carteira assinada têm o pior saldo para o mês em 16 anos

Para bancos, Caged mostrará geração de vagas muito baixa ou negativa, quando descontadas contratações sazonais

postado em 20/08/2014 09:31
Agência do Trabalhador: previsão é de que desaceleração da economia reduza número de oportunidades

O mercado financeiro voltará todas as atenções para a divulgação, prevista para amanhã, do mais recente Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), preparado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O último levantamento, feito em junho, aterrorizou o governo, ao mostrar que, descontadas as demissões, as contratações com carteira assinada somaram 25,3 mil postos de trabalho ; o pior saldo para o mês em 16 anos. Para julho, as previsões são ainda piores. O Bradesco prevê saldo líquido de 20 mil vagas. O Banco Indusval, de apenas 7 mil. Nada comparável, entretanto, ao cenário sombrio traçado pelo Itaú Unibanco. O maior banco privado do país calcula que a geração líquida de empregos em julho foi de apenas 2,5 mil postos de trabalho, resultado 10 vezes menor que o de junho.

É ainda mais preocupante observar que julho é considerado um bom mês para o mercado de trabalho. Dessa forma, ao excluir da conta fatores sazonais, o mercado financeiro entende que os números do emprego devem ser ainda mais frustrantes do que parecem à primeira vista.

O Itaú acredita que, ao excluir as contratações feitas porque o momento exigia (sazonais), o saldo do mercado de trabalho em julho foi negativo em quatro mil postos. Em bom português, significa dizer que quatro mil trabalhadores passaram a frequentar as filas de desemprego. ;Se estivermos corretos;, escreveram os economistas do banco, ;o ritmo médio de criação de emprego dos últimos três meses, de acordo com dados dessazonalizado, seria negativo em 10 mil postos de trabalho;, escreveram os técnicos, em relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn.



É um cenário bem diferente do que o país viveu até recentemente. ;Se você comparar o nível de empregos criados durante o período que a economia crescia a taxas superiores a 3% ou 4% ao ano, durante o governo Lula, os resultados do Caged eram bem mais intensos;, disse o economista-chefe da INVX Global Asset, Eduardo Velho. ;Hoje, o mercado de trabalho vive uma fase de vacas magras.;

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