Simone Kafruni
postado em 26/08/2014 11:58
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (26/08) reajustes nas tarifas de energia elétrica para mais 5,5 milhões de brasileiros. Os novos valores passam a vigorar a partir de quinta-feira (28/08). Todas as altas autorizadas pela agência na reunião de ontem são superiores a 20% e, em alguns casos, passam dos 30%. Agora já são quase 60 milhões de consumidores com aumentos nas contas de luz este ano.
A Companhia Energética de Alagoas (Ceal) vai promover reajuste médio de 32,36%. A companhia atende 1 milhão de unidades em 102 municípios de Alagoas. Os consumidores residenciais terão altas de 30,02%, enquanto as indústrias conectadas em alta tensão sofrerão aumento de 37,08%. Para 1,1 milhão de consumidores de 224 municípios do Piauí o reajuste médio da Companhia Energética do Piauí (Cepisa) será de 25,81%, sendo que para residências a alta é de 24,93%. A Aneel também aprovou aumento de 29,14% para alta tensão, que afeta diretamente consumidores industriais.
A Companhia Energética do Maranhão (Cemar), que atende 2,1 milhão de consumidores em 217 municípios do Estado, foi autorizada a majorar suas tarifas em 24,12% em média. Para as residências, a alta é de 24,11% e para consumidores industriais, de alta tensão, de 24,16%. A Energisa Paraíba Distribuidora também vai reajustar a conta de luz a partir de quinta-feira. Aneel aprovou aumento médio de 21,81%. A companhia atente 1,3 milhão de consumidores em 216 municípios. Para alta tensão, o reajuste é de 22,75$ e para baixa tensão (residenciais) de 21,43%.
Conforme a diretoria da Aneel, entre os fatores que contribuíram para o reajuste da concessionária estão os custos que a Cepisa teve com compra de energia, transmissão de energia e pagamento de encargos setoriais. Ao calcular o reajuste, a agência considera a variação de custos que a distribuidora de energia teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços de Mercado (IIGP-M), e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.