Jornal Correio Braziliense

Economia

Mesmo com alta na produção de julho, indústria tem pouco a comemorar

Alta de 0,7% não reverte resultado negativo do ano, que nos primeiros sete meses acumulou queda de 2,8%


É o caso da produção de veículos. Nem mesmo a forte alta de 8,5% registrada em julho foi suficiente para reverter o tombo na fabricação de automóveis no acumulado do ano. Muito pelo contrário. A queda que até junho era de -16,9% acelerou para 17,7%, no mês seguinte. O mesmo ocorreu com as indústrias que produzem máquinas e equipamentos. Em julho, registraram alta de 7%, mas, no acumulado do ano, ainda acumulam perdas de 5,3%.

Até mesmo o crescimento registrado em julho, de 0,7%, é visto com desconfiança pelos analistas. ;Ainda não dá para saber se esse resultado representa a reversão de uma tendência negativa ou é um mero salto de gato morto;, questionaram os economistas do Espirito Santo Investment Bank (BES). Pesa ainda o fato de que a alta de julho nem sequer cobriu a metade das perdas registradas em junho, de 1,4%. Pior do que isso. Ao observar os resultados de um ano atrás, a situação da indústria é ainda mais crítica: no comparativo com julho de 2013, a produção nas fábricas despencou 3,6% e, no ano, o saldo ainda é negativo em 2,8%. (Colaborou Celia Perrone)