postado em 15/09/2014 07:00
Os brasilienses sofrem nas mãos das grandes operadoras de planos de saúde. Um levantamento do Procon-DF feito a pedido do Correio mostra que as reclamações em relação aos convênios mais que dobraram entre 2012 e 2013 no Distrito Federal. Em 2014, o número de queixas até setembro já superou o registrado em todo o ano passado. No ranking das mais reclamadas, grandes empresas são as responsáveis pelas dores de cabeça dos consumidores.No total, foram 1.429 registros relacionados às administradoras de convênios em 2013. No ano anterior foram 692, um aumento de 106,5%. ;Ainda não temos um número de 2014, porque a contagem é anual, mas estimamos que já estamos com quase 1,5 mil reclamações até a segunda semana de setembro;, explica o diretor-geral do Procon-DF, Wagner Santos. A média dos últimos dois anos revela que cerca de 40% dessas queixas são solucionadas. Ou seja, a maioria dos casos termina com os beneficiários ainda insatisfeitos.

A Amil lidera a lista dos cinco planos que mais foram queixados pelos consumidores ao Procon-DF (veja quadro). A operadora teve 615 registros no órgão de defesa do consumidor no ano passado, 43% do total, ante as 301 reclamações registradas em 2012. Logo em seguida aparece a SulAmérica Saúde, que teve 348 reclamações ante as 218 do ano anterior.
O levantamento mostra que os principais problemas são relacionados ao desrespeito aos contratos, mais da metade dos registros no Procon-DF são sobre o assunto. ;Os consumidores vêm até nós, geralmente, por conta de cobranças indevidas, cancelamentos incorretos, falta de envio de boletos, escassez de especialidades oferecidas pelo plano, não cobertura de procedimentos listados nos contratos;, exemplifica Santos.
Ele também observa que a priorização, por parte das empresas responsáveis pela venda dos planos, do comércio de convênios coletivos, em detrimento dos individuais, é um problema sério enfrentado pelos órgãos de defesa do consumidor. Hoje, menos de 20% dos convênios comercializados são individuais. ;O pior é que ainda há muita gente levando para casa um plano coletivo achando que é individual. O beneficiário é vulnerável e algumas administradoras usam de má- fé e não informam a modalidade do plano;, comentou.
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