postado em 21/09/2014 06:37
A dificuldade de gerir o próprio orçamento aflige um número crescente de brasileiros. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) dão conta de que um quarto da população, 55 milhões de pessoas, está inscrito no cadastro de inadimplentes. O número é 5% maior que o do ano passado. Quando o descontrole chega a despesas essenciais, como água, luz e telefone, contudo, os especialistas dizem que é hora de soar o alarme. Ao descuidar até dos serviços de necessidade diária, o cidadão, provavelmente, já se deixou consumir pelas dívidas em outras áreas.
Conforme o SPC, a inadimplência em razão de atraso no pagamento de contas de água e luz aumentou 16,98% em agosto em relação à mesma época do ano passado. Com isso, esse tipo de dívida, que representava 6,15% do total em 2013, passou a corresponder a 6,77% de todos as faturas em atraso. No Distrito Federal, 90 mil pessoas têm contas de água vencidas, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Isso equivale a R$ 340 milhões, incluindo débitos do setor público. Outras 9,4 mil pessoas estavam em falta com a Companhia Energética de Brasília (CEB), 0,97% das 970 mil unidades consumidoras. As principais empresas de telefonia não informaram o nível de calote no setor.
;É uma situação preocupante. Parar de consumir, reduzir o consumo ou atrasar o pagamento de itens que não afetam drasticamente a qualidade de vida, como a parcela de um carro, é uma coisa. Fazer isso com serviços vitais é sinal de completo descontrole;, avalia o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Fábio Bentes.
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