postado em 24/09/2014 06:05
O cenário eleitoral voltou a ditar os rumos do mercado financeiro ontem, com investidores batendo em disparada do país após nova pesquisa de intenção de votos mostrar a presidente Dilma Rousseff (PT) pela primeira vez à frente da ex-senadora Marina Silva (PSB) na simulação de segundo turno. O temor de que a oposição não vença a candidata petista à reeleição provocou nova escalada do dólar, que alcançou o maior patamar em sete meses. A moeda norte-americana subiu 0,54%, cotada a R$ 2,408 para a venda, depois de bater em R$ 2,41.No confronto entre 34 moedas, o real foi a que registrou a maior perda frente o dólar, conforme frisou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Para ele, as cotações em alta refletem o colapso de confiança que atinge boa parte dos investidores internacionais, atônitos diante do baixo crescimento econômico do país. A previsão mais recente do mercado financeiro é de que o Produto Interno Bruto (PIB) avance só 0,3% este ano, pior desempenho desde a recessão de 2009. ;Não há nada que justifique, no front externo, queda tão expressiva da bolsa e perdas tão expressivas do real frente ao dólar;, disse.
[SAIBAMAIS]Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) fechou em queda pela quinta vez seguida, com recuo de 0,49%, para a 56.540 pontos, menor patamar desde 14 de agosto. O mesmo pessimismo tomou conta dos principais pregões mundiais, com investidores assimilando más notícias, sobretudo as vindas da Europa, que ainda não conseguiu engatar uma retomada econômica.
As bolsas europeias e dos Estados Unidos registraram recuos. Só Nova York caiu 0,68%. Ainda assim, foram perdas tímidas perto do que se ensaiou no Brasil ontem. Nas mesas de operação de bancos e corretoras, reinava a frustração de ter de avaliar como ficará a economia num segundo governo Dilma.
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