A Inframérica, concessionária responsável pela administração do aeroporto Juscelino Kubitschek, continua a dever pagamento a terceirizados. Após um episódio de impasse com caminhoneiros no início de agosto deste ano, empreiteiros que prestaram serviços nas obras do terminal para a Copa do Mundo reclamam de atrasos nos vencimentos que chegam a durar mais de seis meses. Somente para cinco empresários, o montante é superior a R$ 5 milhões. Somado a valores protestados em cartórios, são mais de R$ 10 milhões em dívidas.
Glauco também se queixa de atrasos nos pagamentos a partir de junho. Desde então, por falta de recursos, demitiu 16 colaboradores e está com outras três obras particulares paralisadas. "A situação é desesperadora. Estou devendo salários e fornecedores", afirmou. Para o sustento da casa, tem contado com auxílio de familiares e amigos. "Meu pai tem abastecido o tanque do carro e minha mãe faz as compras de supermercado", disse. Sem perspectivas de receber os R$ 458 mil devidos pela Inframérica, já cogita fechar as portas. "E mesmo se eu for pago, não será o suficiente devido aos juros pagos", acrescentou.
Empresários afirmam que a Inframérica aguarda um recurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazer o pagamento dos débitos pendentes. Em nota, a Inframerica disse que está acompanhando a negociação entre o consórcio construtor Helvix e as empresas fornecedoras para o pagamento do saldo remanescente dos serviços. A concessionária responsável pelo Aeroporto JK disse ainda que o cronograma de pagamento está sendo negociado individualmente com as empresas.