Antonio Temóteo
postado em 26/09/2014 08:19
Na tentativa de ampliar o crédito e estimular a economia por meio do consumo, o governo decidiu aumentar de cinco para seis anos o prazo de pagamento de empréstimos consignados tomados por aposentados. Nas contas do Ministério da Previdência, a medida, aprovada na véspera das eleições, resultará em um incremento anual de R$ 23,7 bilhões no volume contratado pelos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Executivo também estuda ampliar o tempo nas operações com servidores públicos federais, de cinco para oito anos.Com o prazo maior, as parcelas mensais diminuem. Assim, os aposentados podem contratar mais empréstimos, sem ultrapassar o limite de comprometimento da renda, que é de 30% do benefício. Até agosto, 27,6 milhões de operações para segurados do INSS estavam em vigor, totalizando R$ 84,3 bilhões. No caso dos servidores, o dado mais recente do Banco Central, de julho, aponta que já foram contratados R$ 148,8 bilhões.
Proposta pelo governo, a medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), mas só entrará em vigor depois que a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) adaptar os sistemas de controle dos consignados. O secretário de Políticas de Previdência Social, Benedito Brunca, explicou que a iniciativa faz parte do pacote para retomar a oferta de crédito. ;Fizemos a mudança, mas não alteramos as taxas de juros, que podem chegar no máximo a 2,14% ao mês;, comentou.
Brunca afirmou que o aumento do prazo levou em consideração o perfil dos aposentados que usam crédito consignado, além de critérios de segurança, para que não ocorra desequilíbrio no orçamento dos segurados. Ele ressaltou que, dos 25 milhões de beneficiários aptos a tomar empréstimos, somente 55% firmam contrato com os bancos.
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