O vaivém do dólar está deixando o Banco Central aflito. Mesmo após a autoridade monetária ter duplicado as intervenções diárias no mercado, a moeda se mantém insistentemente acima de R$ 2,40. Ontem, a divisa registrou queda de 0,66% e fechou o dia em R$ 2,414, mas, ainda assim, continua em patamar elevado e não deve ceder até o fim das eleições. Em setembro, a valorização já alcança 7,85%. Para adicionar um pouco mais de volatilidade aos negócios, a revisão da expansão anualizada do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no segundo trimestre, de 4,2% para 4,6%, instigou a ansiedade em relação à alta dos juros nos Estados Unidos, expectativa que tem afetado fortemente a taxa de câmbio.
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Segundo os especialistas, tanto o dólar quanto a Bolsa devem manter forte instabilidade até a conclusão das eleições presidenciais. A impossibilidade de enxergar um rumo claro tem feito os investidores pisarem em ovos ,ao decidir sobre aplicações financeiras, e assustado quem pretende viajar ao exterior. ;A volatilidade deve perdurar até o segundo turno, quando teremos a resposta final do mercado ao presidente eleito;, opinou Ricardo Nogueira, superintendente de Operações da Corretora Souza Barros.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em alta de 2,23%, impulsionada, sobretudo, pelas ações das estatais. A Petrobras chegou a subir mais de 5% durante o dia. As variações ; no câmbio e na Bolsa ; refletem a dança das pesquisas eleitorais. Na quinta-feira, o Vox Populi reforçou a expectativa de um segundo turno entre Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT). Dessa forma, ambas as candidatas teriam o mesmo tempo no horário eleitoral, o que conta a favor da concorrente do PSB, ressaltam os analistas. Desde o início da disputa, o mercado vem reagindo mal às pesquisas que apontam a Dilma como vencedora.
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