Economia

Dólar volta a subir e fecha em R$ 2,48, a maior cotação desde 2008

A elevação acompanha os resultados das pesquisas de intenções de voto para a presidência, com alta acumulada de 2,85% na semana

Estado de Minas
postado em 01/10/2014 20:22
O dólar teve a maior alta desde 8 de dezembro de 2008 e fechou o dia com aumento de 1,39%, cotado a R$ 2,4840. O pregão registrou um intenso movimento de procura pela moeda americana e nem mesmo uma manobra de rolagem do lote de swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, do Banco Central conseguiu conter o avanço de valorização. A máxima do dia foi de R$ 2,4860, atingindo um aumento de 1,47%.

Na semana, a moeda acumula alta de 2,85%, com valorização de 5,4% no ano. Para o mercado futuro, o dólar apresenta uma elevação de 1,81%, cotado, para novembro, a R$ 2,5055.

O movimento, após uma leve baixa nessa terça-feira, pode ser entendido como uma representação do mercado após a divulgação das últimas pesquisas de intenções de voto, que apresentam uma vantagem ainda maior da candidata à presidência Dilma Rousseff sobre os outros concorrentes.

No levantamento do Ibope para o primeiro turno, Dilma (PT) aparece com 39% da intenções de voto, contra 29% de Marina (PSB) e 19% de Aécio (PSDB). Para o segundo turno, o instituto apontou uma vitória da petista por 42% a 38% de Marina, no limite da margem de erro.

Os percentuais da pesquisa Datafolha apontaram uma vantagem ainda maior de Dilma, com 40% das intenções de votos no primeiro turno, ante 25% de Marina e 20% de Aécio. Em relação a uma disputa em segundo turno, Dilma avança ainda mais na vantagem, com 49% contra 41% da candidata do PSB.

De acordo com especialistas, muitos investidores vêem na vitória de Dilma maiores dificuldades para recuperar a credibilidade e melhorar o fluxo de recursos para o país.

Déficit da balança comercial

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior divulgou hoje um déficit de U$ 939 milhões no mês passado, com um saldo acumulado para o ano negativo em U$ 690 milhões. Os números de setembro são os maiores desde 1998, quando o resultado atingiu a marca negativa de U$ 1,203 bilhão. (Com Agências)

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