Jornal Correio Braziliense

Economia

Balança comercial volta a ficar no vermelho e tem pior resultado desde 1998

Na avaliação do governo, os problemas econômicos da Argentina, tradicional destino de produtos manufaturados brasileiros, explicam a maior parte desse desempenho ruim

A balança comercial teve deficit de US$ 939 milhões em setembro, o mais elevado para o mês desde 1998. Com isso, o resultado acumulado no ano voltou a ficar negativo, em US$ 690 milhões, depois de ter registrado um pequeno saldo positivo no mês anterior. Na avaliação do governo, os problemas econômicos da Argentina, tradicional destino de produtos manufaturados brasileiros, explicam a maior parte desse desempenho ruim.

;A crise argentina teve um impacto de 77% na queda das exportações brasileiras;, calculou Roberto Dantas, diretor do Departamento de Estatística e de Apoio às Exportações do Ministério do Desenvolvimento (Mdic). No mês passado, as vendas para o resto do mundo despencaram 10,2% em comparaçãoa igual período de 2013, somando US$ 19,2 bilhões. Enquanto isso, as importações avançaram 4%.

Além dos problemas com o país vizinho, os exportadores brasileiros sofreram com o recuo das cotações das commodities no mercado internacional. Milho e soja foram os produtos que tiveram as maiores quedas no valor das vendas externas no mês passado: 38,9% e 30,5%, respectivamente. O minério de ferro contabilizou perda de 17%. Enquanto as receitas com os embarques caíram, a conta das importações ficou mais cara. O destaque foram as compras de petróleo e derivados, que tiveram um incremento de 49%.

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Automóveis
Terceiro maior destino dos produtos nacionais, atrás apenas da China e dos Estados Unidos, a Argentina vem comprando cada vez menos do Brasil. De janeiro a setembro, o valor das mercadorias despachadas para o país vizinho encolheu 25,7% em relação ao ano passado. O principal item exportado são os automóveis, mas as montadoras enfrentam problemas cada vez maiores no comércio bilateral.

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