postado em 07/10/2014 06:10
O novo governo começará em 27 de outubro, dia seguinte ao segundo turno das eleições, e não em 1; de janeiro de 2015, quando o vencedor subirá a rampa do Planalto. Nos dois últimos meses deste ano, Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB) terá de tomar decisões urgentes e importantes para que a economia reaja, livre-se dos artificialismos e consiga se desgarrar do marasmo que a levou ao crescimento pífio e à persistente inflação alta.
Entre os temas a serem resolvidos de imediato pelo candidato vitorioso nas urnas, estará o imbróglio dos preços dos combustíveis. Dilma ou Aécio precisará reajustar a gasolina e o diesel, como resposta à defasagem atual das tabelas em relação ao mercado internacional, de 19,8% e 10,7%, respectivamente. A diferença pressiona o caixa e os investimentos da Petrobras.
Independentemente das intenções do próximo presidente, o reajuste dos combustíveis deve ocorrer em novembro, ainda em meio à ressaca das urnas. Também já no mês que vem, quando o governo terá de confirmar receitas e despesas, será a hora de discutir o Orçamento de 2015 e o superavit primário deste ano. O principal entrave, sustentam analistas, está em receitas infladas e difíceis de domar.
Orçamento
O vitorioso não terá tempo para descansar ou comemorar. Quem conquistar a preferência do eleitorado precisará negociar com o Congresso a redução da meta de superavit primário, a economia do governo para pagar juros da dívida pública. O 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) fixado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não será atingido até dezembro, mesmo com manobras contábeis.
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