Economia

Banco central dos Estados Unidos manda último aviso a emergentes

O Fed reforça a perspectiva de encerramento dos estímulos financeiros este mês e de elevação dos juros a partir de 2015, a despeito dos riscos

postado em 08/10/2014 06:05
A esperada mudança na política monetária dos Estados Unidos, com impacto direto nos mercados emergentes, está cada vez mais próxima de ocorrer. E o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizou aos mercados emergentes que, mais de um ano após acenar pela primeira vez com os novos ventos nas finanças globais, os países tiveram tempo suficiente para refletir sobre os riscos. Em discurso, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou ontem que apenas lamenta pelos efeitos indesejados da elevação dos juros da maior economia do planeta e da retirada dos estímulos.

[SAIBAMAIS]Desde maio de 2013, quando o Fed acenou pela primeira vez que pretendia reduzir as compras de ativos, as economias emergentes têm sofrido pressão dos investidores. E os principais alvos tem sido Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia, apelidados pelo banco Morgan Stanley de os ;cinco frágeis;. Ontem, Dudley reafirmou que a intenção do banco é elevar os juros básicos a partir de meados de 2015. Até lá, as taxas de juros do Fed continuam inalteradas, atualmente de zero a 0,25%.

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A economia norte-americana vem dando mostras de que está mesmo reagindo. Em 2013, o PIB avançou 1,9%, e a previsão para este ano é que alcance 3%, puxado pelo consumo e pelo investimento. O dado mais animador vem da indústria que está numa trajetória ascendente, após muita oscilação. Dentro desse cenário, o Fed anunciou em julho que o chamado quantitative easing, o maior programa de estímulos econômicos da história, acabará este mês.

Após US$ 3,5 trilhões investidos ao longo de seis anos, a autoridade monetária vem preparando o terreno para a volta da normalidade. O Fed vem promovendo cortes seguidos no programa desde o ano passado, quando ainda era chefiado por Ben Bernanke. A instituição condicionou o fim do pacote à manutenção do panorama atual.

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