Economia

Ações da Petrobras têm alta de 15% após primeiro turno das eleições

Expectativa favorável ao candidato Aécio Neves empurra a bolsa de valores

postado em 08/10/2014 08:16
O clima eleitoral continuou ditando o ritmo dos negócios no mercado financeiro, nessa terça-feira (7/10). Empurrada pelas indicações de que a ex-senadora Marina Silva deve anunciar o apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições presidenciais, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM), resistiu à influência de baixa vinda do exterior e emendou a quarta alta consecutiva, com forte valorização das ações de empresas estatais. Num cenário global marcado pelo desânimo, a bolsa brasileira foi a única, entre as principais do mundo, a fechar em terreno positivo. No fim do dia, o Ibovespa, principal indicador do pregão, mostrou elevação de 0,56%, aos 57.436 pontos.

[SAIBAMAIS]O volume de negócios também refletiu o entusiasmo os investidores com a possibilidade de derrota da presidente Dilma Rousseff e de mudança da política econômica, rejeitada pelo mercado. Com um total de R$ 10 bilhões, o giro financeiro ficou bem acima da média diária de 2014, de R$ 6,9 bilhões. No câmbio, os negócios também tiveram reação positiva. O dólar caiu 1% ante o real, recuando pela terceira sessão seguida, e fechou no menor nível em duas semanas, cotado a R$ 2,402 para venda. Os analistas, no entanto, não se arriscam a prever uma tendência firme. ;A curto prazo, o rumo será definido pelas pesquisas eleitorais. Mas o certo é que, nas próximas semanas, o mercado vai ser bastante volátil;, afirmou Marcos Trabbold, o operador de câmbio da corretora B.



Na bolsa, as ações de estatais, vistas como as mais afetadas pela política intervencionista do governo, voltaram a registrar altas expressivas. As ordinárias da Petrobras subiram 3,90%, chegando a R$ 19,95, enquanto as preferenciais deram um salto de 4,02%, para R$ 21,21. Com os mais de 11% ganhos na véspera, o valor de mercado da petroleira aumentou R$ 34 bilhões em apenas dois dias, segundo cálculos dos analistas, devolvendo à companhia o título de maior empresa brasileira, que ela havia perdido para a Ambev. Também mostraram força os papéis ordinários do Banco do Brasil, que tiveram ganho de 3,88% e da Eletrobras, com avanço de 3,17%.

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