postado em 09/10/2014 08:51
A intenção do Tribunal de Contas da União (TCU) de entender como os órgãos da administração federal escolhem os integrantes do alto escalão, de conselhos e de colegiados superiores provocou mal-estar na Esplanada dos Ministérios. Um levantamento com 27 páginas de perguntas para reunir informações e, a partir delas, aprimorar a gestão da máquina pública, contrariou dirigentes responsáveis pela administração, que passaram a questionar a metodologia e até os objetivos da pesquisa.
Na manhã de ontem, representantes da Casa Civil e do Ministério do Planejamento participaram no tribunal de reunião para ;tirar dúvidas; sobre a trabalho. O encontro, porém, acabou se transformando em um protesto contra os questionamentos do TCU. Instados a listarem as características e competências levadas em conta na hora de indicar membros da alta administração, os dois órgãos não forneceram as informações e colocaram em dúvida os conceitos adotados pela corte. ;Chegaram a dizer que não podiam expor o governo;, contou um dos presentes.
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Em documento entregue ao tribunal, o secretário executivo da Casa Civil, Valdir Moysés Simão, propõe mudanças, ;em favor da clareza, consistência e integridade do levantamento;. Simão não economiza críticas aos termos usados na pesquisa e chega a questionar ;como as informações consolidadas serão tabuladas, apreciadas e publicadas pelo tribunal;.