Antonio Temóteo
postado em 14/10/2014 06:02
O valor dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida deve encarecer no próximo ano, admitiu a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães. A afirmação foi feita durante um evento do setor da construção, em São Paulo, mas ela não detalhou qual deve ser o reajuste e quando ele passará a vigorar. O aumento do teto do custo de casas e apartamentos é um pleito das empreiteiras, que reclamam que os gastos com as obras aumentaram nos últimos anos e os recursos repassados pelo governo são insuficientes.Apesar de sinalizar mudanças no programa habitacional, Inês avaliou que é preciso cautela antes de anunciar aumento de preços para que os empreiteiros não deixem de lado os projetos com valores atuais. ;Nós trabalhamos para desindexar a economia e não criar expectativas. Os empresários seguram o investimento para aproveitar o preço maior depois. O que nos queremos é que haja investimentos contínuos;, comentou.
Ela ainda ressaltou que a pasta faz análises periódicas dos custos de construção e promove reajustes sempre que necessário. O comentário da secretária ocorreu após a presidente da República, Dilma Rousseff, anunciar que 3 milhões de novas unidades devem ser contratadas na terceira fase do programa, além dos 350 mil imóveis anunciados durante a transição para o próximo ciclo.
Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, a atualização nos preços é natural, sobretudo porque há três anos nenhum reajuste no valor dos imóveis foi concedido. ;A inflação nesse período foi significativa. Imagine no Distrito Federal, construir um imóvel com R$ 190 mil. Esse aumento é necessário e é uma demanda do mercado;, destacou.
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