Simone Kafruni
postado em 23/10/2014 08:05
Abalada pela revelação de escândalos em sua gestão, a Petrobras passou a ser alvo de novas investigações. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda responsável pela fiscalização e pela regulação do mercado de capitais, decidiu, só esta semana, instalar inquérito para apurar prejuízos aos donos de ações da estatal. O Tribunal de Contas da União (TCU), por sua vez, quer esclarecer negócios da companhia com a Bolívia.[SAIBAMAIS]A Securities and Exchange Commission (SEC), a equivalente à CVM nos Estados Unidos, já investiga a petroleira, para averiguar se os investidores daquele país foram lesados pela Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 17 de março último e que revelou o megaesquema de corrupção e de desvio de dinheiro. A companhia tem papéis negociados na Bolsa de Nova York, os chamados ADRs, sigla de American Depositary Receipts, sendo, portanto, submetida às leis norte-americanas.
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A CVM não detalhou o tipo de apuração que começou a realizar, alegando que não comenta casos específicos para não ;afetar negativamente; os seus ;trabalhos de análise;. Apesar disso, a investigação foi publicada no portal da autarquia na internet, sob o processo RJ-2014-12.184, requerido pela Superintendência de Relações com Empresas para ;análise de informações;. Em nota enviada à comissão, a Petrobras afirmou que ;vem acompanhando as investigações e colaborando efetivamente com os trabalhos das autoridades públicas;.
Para Jason Vieira, analista de mercado de capitais do portal Moneyou, a CVM demorou demais para abrir a investigação. ;Nos EUA, a qualquer sinal de corrupção, a lei exige que a SEC instaure inquérito. No Brasil, como a CVM é ligada ao governo, a abertura da investigação foi só uma reação ao movimento do órgão norte-americano;, avaliou.
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