Simone Kafruni
postado em 04/11/2014 06:00
As denúncias de corrupção na Petrobras atropelaram a divulgação de seu balanço do terceiro trimestre e, por tabela, o reajuste nos preços da gasolina e do diesel, necessário para recompor o caixa. A situação da estatal, que acumula dívidas de mais de R$ 300 bilhões, é delicada, com as agências de classificação de risco cogitando rebaixar sua nota de crédito e ameaçando ainda mais o desempenho de suas ações no mercado. No pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo (BM), as ações preferenciais (PN) da petroleira despencaram 3,66%, e as ordinárias (ON), 3,82%, após uma semana no terreno positivo, graças à especulação do provável anúncio de aumento dos combustíveis.
Nesta manhã, em Brasília, será retomada a reunião do seu Conselho de Administração, encerrada na última sexta-feira, depois que a PriceWaterhouseCoopers (PwC) ameaçou não assinar o relatório trimestral e exigiu a contratação de outras duas empresas de auditoria, além de pedir a saída do presidente da Transpetro, Sérgio Machado. As exigências atrasaram a divulgação do balanço. Sob forte pressão de auditores e acionistas, a petroleira só deve divulgar os números às vésperas do prazo final, fixado por lei em 45 dias após o fechamento do trimestre, portanto em 15 de novembro.
Em nota, a estatal confirmou a contratação de duas empresas independentes especializadas em investigação: uma brasileira, a Trench, Rossi e Watanabe Advogados, e outra norte-americana, a Gibson, Dunn & Crutcher LLP, ;com o objetivo de apurar a natureza, extensão e impacto das ações e alegações feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa; na chamada Operação Lava-Jato.
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