Economia

Notícia sobre compra da TIM é especulação do mercado, diz ministro

Paulo Bernardo disse que o governo não vai 'alimentar especulações' sobre o caso

postado em 05/11/2014 13:46
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificou de ;especulação; a notícia da possível compra da TIM pelas demais grandes operadoras de telefonia no Brasil. De acordo com informação publicada em alguns jornais, as operadoras Claro, Vivo e Oi estariam combinando comprar e fatiar a TIM. Segundo o ministro, isso não foi confirmado por representantes das empresas.

;Conversei ontem [4] com dirigentes das três empresas [envolvidas na suposta compra da TIM]. Todos negaram;, disse nesta quarta-feira (5/11) Paulo Bernardo, durante evento comemorativo dos 17 anos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). ;Acho que, por trás dessa notícia, há gente do mercado financeiro interessada em participações e em ganhar grandes somas... Tanto é que [por causa dessa notícia] a bolsa disparou;.

Paulo Bernardo disse que o governo não vai ;alimentar especulações; sobre o caso. ;Não estamos no ramo de corretagem de empresas de telecomunicações;, disse o ministro. Mesmo que haja interesse das empresas na compra da TIM, a questão teria de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para avaliar se a operação implicaria algum problema para a concorrência no setor, acrescentou o ministro.



;Se as empresas tivessem confirmado o acordo, haveria uma confusão enorme. Fizeram acordo onde? No sindicato? E decidiram o quê? Fatiar? Até entendo alguém querer comprar a TIM. Mas aí caberia ao Cade dizer se há problemas de concorrência e [se for o caso] obrigar a passar adiante um pedaço [da empresa adquirida]", ressaltou Paulo Bernardo.

Perguntado se permanecerá na pasta durante o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, o ministro disse que não sabe o que acontecerá. ;A princípio, fico até o dia 31 [de dezembro]. O que eu gostaria é que a presidenta tome a melhor decisão. Penso que toda renovação é salutar e importante, mas isso quem decide é ela. Vocês [jornalistas] que apurem e depois publiquem [essa notícia] para que eu saiba [o que vai acontecer];, completou o ministro, em tom de brincadeira.

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