Economia

Vendas e contratações temporárias de Natal caem em nova revisão do varejo

Ainda que o cenário atual seja desfavorável, o comércio prevê um ganho de R$ 31,5 bilhões na economia

Rodolfo Costa
postado em 24/11/2014 15:05
Mesmo considerada a data comemorativa mais importante para o varejo, o Natal deste ano deve ser o pior desde 2003. Pessimista em relação à alta dos preços e juros elevados, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para baixo, pela segunda vez, o crescimento de vendas, que caiu 0,3 ponto percentual.

De 2,6%, a expectativa é de que o índice tenha aumento de 2,3%. O número de vagas temporárias no setor também foi revista. Agora, a perspectiva é de que sejam criadas 137,9 mil postos de trabalho provisórios, o que indicaria um avanço de 0,3% em relação ao Natal de 2013.

Ainda que o cenário atual seja desfavorável, o comércio prevê um ganho de R$ 31,5 bilhões na economia. A inflação média da cesta de Natal deverá ter uma alta de 5,4%, a menor desde 2009, mas ainda insuficiente para alavancar as vendas.



O economista sênior da CNC, Fábio Bentes, explica que o crédito mais caro, a inflação alta e o mercado de trabalho enfraquecido são fatores que impactam negativamente. "Vamos ter o pior desempenho em 11 anos, com crescimento de 3,2%. Para repetir os 4,3% do ano passado, as vendas teriam que crescer 9% no último trimstre do ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. E, infelizmente, isso não vai acontecer", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação