Economia

Novos ministros Levy e Barbosa devem tomar posse na sexta-feira

Guido Mantega e Miriam Belchior deixarão a pasta da Fazenda e a do Planejamento

Simone Kafruni
postado em 26/11/2014 06:08
Mantega deixará a pasta com o título de mais longevo ministro da Fazenda

A posse da nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini reconduzido ao Banco Central, deve ocorrer ainda nesta sexta-feira ou, no máximo, na próxima segunda-feira. Demitido durante o segundo turno das eleições, Guido Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda do país no período democrático, acertou sua saída com a presidente Dilma Rousseff para sexta-feira, mesmo dia em que Miriam Belchior deve deixar o Planejamento para ocupar um cargo no Palácio do Planalto. Com isso, a expectativa é de que a presidente faça o anúncio oficial do novo time e das diretrizes econômicas amanhã.

O ministro Mantega deve se despedir durante a entrevista para comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), que serão divulgados na sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelas estimativas do mercado, ele poderá deixar o governo anunciando que o país saiu da recessão, já que a projeção é de que o PIB do terceiro trimestre tenha crescido entre 0,1% e 0,2%.

Apesar de Mantega ter sido o ministro mais importante do governo Dilma, ele é considerado responsável por estender demais a chamada nova política econômica, com foco no consumo. ;Enquanto havia espaço no mercado de trabalho, essa política, de estímulo ao consumo, de benefícios fiscais e de aumento de salários, funcionou bem. O problema é que a insistência gerou retração nos investimentos produtivos, inflação alta e queda no PIB. E ele não admitiu que o modelo estava esgotado;, comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

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;O governo erra ao demorar tanto para fazer o anúncio da nova equipe. O Mantega foi demitido ainda no processo eleitoral. E com razão, pela responsabilidade na condução de uma política fiscal expansionista, minada pela contabilidade criativa. Mas a demora provocou um turbilhão no mercado;, ressaltou Alex Agostini, analista da Austin Ratings. Para ele, o legado do ministro é um deficit recorde, de R$ 25 bilhões, no primário. ;O Brasil andou para trás com Mantega. Ele não vai deixar saudade;, disse.

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