Economia

Justiça de Pernambuco bloqueia ativos financeiros da Petrobras

A decisão foi tomada cinco dias após a Justiça Trabalhista no Rio Grande do Sul determinar o bloqueio de contas e sequestro de bens da Petrobras

postado em 26/11/2014 09:58
A 1; Vara do Trabalho de Ipojuca (PE) determinou ontem o bloqueio de até R$ 126,66 milhões em ativos financeiros da Petrobras. A decisão da juíza Josimar Mendes da Silva foi uma resposta ao pedido do sindicato que representa os trabalhadores pernambucanos da construção pesada, feito na semana passada em razão da falta de pagamento de operários na obra da Refinaria Abreu e Lima, contratados pela Alumini Engenharia, ex-Alusa, envolvida em denúncias apuradas pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF).

Refinaria Abreu e Lima, na região metropolitana de Recife: risco para 4 mil funcionários da empreiteira Alumini

[SAIBAMAIS]A decisão foi tomada cinco dias após a Justiça Trabalhista no Rio Grande do Sul determinar o bloqueio de contas e sequestro de bens da Petrobras, num total de R$ 30 milhões, para ressarcir funcionários da empreiteira Iesa Óleo e Gás, em Charqueadas, município da Grande Porto Alegre, também investigada pela PF.

A Alumini, empresa de montagem industrial, tem crédito de R$ 1,2 bilhão com a estatal, mas o atraso no desembolso impediu o pagamento dos salários e rescisões de mais de 4 mil trabalhadores. A dívida trabalhista acumulada com os funcionários da prestadora é calculada em R$ 137,53 milhões.

Em sua decisão, a juíza informou que a Justiça de Pernambuco já havia mandado liminarmente que a Petrobras depositasse, em juízo, o montante referente ao pagamento dos salários. Apesar disso, a estatal só depositou só R$ 10,86 milhões, sendo R$ 7,73 milhões exclusivamente retidos da empresa Barbosa Mello, que participa do consórcio Alusa CBM.



Josimar alertou para o ;perigo da demora; no cumprimento dos direitos dos trabalhadores. Ela lembrou que muitos trabalhadores estão ameaçados de ser expulsos das acomodações que ocupavam para a realização dos serviços, sem recursos para voltar às suas residências e cuidar de seus dependentes, gerando transtornos nos municípios do entorno da refinaria.

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