postado em 05/12/2014 06:03
Em se tratando de Petrobras, não há nada de tão ruim que não possa piorar. Com a credibilidade destruída pelo maior esquema de corrupção e lavagem de dinheiro do país, a estatal sofreu novo rebaixamento da agência de classificação de risco Moody;s. Diante das investigações da Polícia Federal em curso, com direito a prisões de ex-diretores, a nota de crédito individual da empresa caiu de baa3 para ba1, em uma análise que mede a gestão sem o suporte do governo.
Os desdobramentos do escândalo, ainda longe de ter sido totalmente desvendado, podem enfraquecer as operações da empresa, na avaliação da agência. A Moody;s alerta para ;a fragilidade da governança corporativa; e sustenta a incapacidade da Petrobras em evitar que as fraudes identificadas aumentem significativamente o risco de financiamento e, por consequência, prejudiquem os investidores.
Sobre todos os aspectos, a avaliação da petroleira pela Moody;s é negativa. Na classificação global da empresa, a nota baa2 está mantida ; apenas dois degraus acima do limite do grau de investimento. A agência reflete a percepção do mercado financeiro e diz não haver impulso para melhorias da situação da Petrobras a curto e médio prazos. Se o Brasil viesse a ser rebaixado, a estatal tenderia a mergulhar de vez no grau especulativo, despertando ainda menos confiança.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF), as ações da estatal seguem em queda livre. Nos últimos nove pregões, os papéis da Petrobras recuaram em oito. No ano, eles já acumulam perda de 25%. Ontem, a queda das ordinárias (aquelas que dão direito a voto em decisões da empresa) foi de expressivos 4,75%, alcançado o valor de R$ 11,43. As preferenciais, por sua vez, tiveram o valor reduzido em 3,93%, passando a valer R$ 12,23.
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