Rodolfo Costa
postado em 06/12/2014 06:08
Criados para serem um complemento às aulas presenciais em cursos preparatórios de seleções públicas, os cursos de ensino a distância (EAD) ganharam força no mercado nacional nos últimos dois anos, diante da escalada da inflação. Com as altas mensalidades cobradas pelos cursos tradicionais, muitos estudantes têm optado por essa modalidade de ensino, que custa até quatro vezes menos, segundo dados da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac).Mas os preços não são o único atrativo dos cursos on-line. Como para concurseiros, tempo é conhecimento, o fato de estudar em casa sem se preocupar com trânsito ou estacionamento faz com que a ferramenta seja cada vez mais procurada. Gabriela Said, 29 anos, por exemplo, usa o tempo que levaria para chegar a um curso presencial para adiantar exercícios e mergulhar nas vídeoaulas. ;E ainda posso assistir aos conteúdos mais de uma vez;, disse. Na opinião dela, que já tem um ritmo de estudos, o produto garante maior foco, uma vez que não há como a aula ser interrompida por terceiros.
Ao contrário dos cursos tradicionais, que sofrem com a falta de grandes editais neste fim de ano, os on-line não sentem a retração do mercado, de acordo com a diretora executiva da Anpac, Maria Thereza Sombra. Ela lembra que grande parte da crise enfrentada pelos cursinhos presenciais vem do aperto financeiro das pessoas. ;Muitos dos candidatos não trabalhavam e tinham pelo menos cinco horas diárias para se dedicar aos estudos por terem alguém que os bancasse. Agora, com o aumento da inflação, ficou economicamente inviável;, avaliou.
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