postado em 08/12/2014 07:19
Muitos dos desafios que a nova equipe econômica enfrentará para recolocar o Brasil nos trilhos do crescimento estão fora do seu alcance e ainda têm desdobramentos imprevisíveis. Desde a desaceleração econômica de importantes parceiros comerciais como China, Argentina e União Europeia (UE), até o iminente aperto monetário dos Estados Unidos, tudo parece conspirar contra o país em 2015.Desses eventos imponderáveis, o mais temido é um eventual colapso do setor elétrico, cujas proporções ainda são desconhecidas e que exigirá de Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), mais do que competência. Eles precisarão de dose extra de sorte e de torcida para que as chuvas que têm faltado nos últimos anos voltem à normalidade.
Além do risco de o país ficar às escuras logo no primeiro ano do segundo mandado da presidente Dilma Rousseff, o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas já pressiona o custo da produção industrial e o orçamento doméstico. Há a chance de um racionamento de eletricidade ainda mais severo do que o de 2001, um duro golpe no Produto Interno Bruto (PIB).
Mas também pode haver disparada da conta de luz, que passará a absorver toda a variação dos custos da geração e dos empréstimos bilionários feitos às distribuidoras. O cenário é ainda mais desafiador porque a inflação está bastante elevada, e deve continuar em torno de 6,5% até o fim de 2015. A situação só não é mais preocupante, avalia o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, porque a atividade econômica desabou.
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